O cometa
17P/Holmes após um outburst (expansão da coma com emissão de jatos de poeira e
gás) sem precedentes elevou sua magnitude da 17ª para 3ª em Perseu nos dias 25,
26 e 27 de outubro de 2007. Num outro outburst ocorrido em novembro de 1892
conduziu à descoberta do cometa periódico pelo astrônomo britânico Edwin Holmes,
que estava observando a galáxia de Andrômeda (M31).
O cometa 17P/Holmes aparece a cada sete anos,
embora tenha permanecido oculto nos últimos 50 anos devido ao seu pouco brilho.
Nesta última aparição o astrônomo Eric Allen do observatório de Quebec combinou
imagens capturadas destas três noites consecutivas e posicionou o planeta
Júpiter na mesma escala, conforme animação a seguir:
O cometa C/2006 P1 McNaught foi
descoberto em 7 de agosto de 2006 por Robert H. McNaught, integrante do programa
australiano Siding Spring Survey, com magnitude de 17,3. Era um objeto difuso
tão fraco que para ser visto através de um telescópio de 60 cm foram necessários
20 segundos de exposição com uma câmera CCD. Na época de sua descoberta era um
cometa comum, não demonstrando tendência de um brilho excepcional, mas Brian
Marsden calculou sua órbita com maior precisão em 11 de agosto, obtendo uma
distância periélica (maior aproximação do Sol) de 0,17 UA, indicando a
possibilidade de se tornar brilhante. Na realidade tornou-se o cometa mais
brilhante das últimas décadas. O cometa McNaught fez seu periélio em 12 de
janeiro de 2007, quando esteve a 22,5 milhões de km de distância.
O cometa nos dias 13 e 14 de janeiro de 2007 atingiu a magnitude aparente de
-6.0 sendo visível na luz do dia. Um fato interessante é que a cauda com
diversos componentes lembra de forma impressionante a do grande cometa de 1744,
oficialmente designado C/1743 X1 (Klinkenberg-Chéseaux).
O cometa
Hale-Bopp, ou C/1995 O1, foi um dos maiores e mais
brilhantes cometas observados no século XX, sendo
contemplado à vista desarmada durante 569 dias. Ele foi descoberto no dia 23 de
Julho de 1995 a uma grande distância do Sol, por dois observadores
independentes, Alan Hale e Thomas Bopp, ambos nos EUA, criando-se desde logo uma
grande expectativa de que este seria um cometa muito brilhante quando passasse
perto da Terra. O brilho do Hale-Bopp foi
exuberante quando atingiu o periélio em 1 de Abril de 1997. Foi denominado o
Grande Cometa de 1997.
Uma das descobertas
mais inesperadas foi a de que o cometa possuía um terceiro tipo de cauda. Para
além dos conhecidos rastros de poeira e gás, o Hale-Bopp possuía uma terceira e
débil cauda de sódio, apenas visível com o recurso
de potentes instrumentos de observação equipados com filtros apropriados. Antes
já se haviam observado emissões de sódio em outros cometas, mas nunca
provenientes de uma cauda. A cauda de sódio do Hale-Bopp era formada por átomos
neutros e estendia-se por 50 milhões de quilômetros.
O último periélio do
Hale-Bopp ocorreu, provavelmente, há 4.200 anos. A sua órbita é quase
perpendicular ao plano da elíptica, o que significa que aproximações à distância
muito curta de planetas são raras. No entanto, em março de 1997, o cometa passou
a cerca de 0,77 UA de Júpiter, o suficiente para que a sua órbita fosse afetada
pela gravidade do gigante gasoso. A sua posição mais distante do Sol (afélio)
foi reduzida de 525 UA para aproximadamente 360 UA. Assim sendo, a sua órbita
reduziu-se consideravelmente, e seu retorno ao Sistema Solar interno será no ano
4380.
Cometa Hyakutake
O cometa Hyakutake,
ou C/1996 B2, foi descoberto em 30 de janeiro de 1996 por
Yuji Hyakutake, um astrônomo amador do sul do Japão. O
cometa que ele encontrou era realmente o segundo cometa Hyakutake, o primeiro
foi o cometa C/1995 Y1, que havia descoberto apenas algumas semanas antes. No
mês de março de 1996 o cometa passou muito perto da Terra. Foi considerado o
maior cometa desse ano, e um dos cometas que passaram mais perto do planeta
Terra nos últimos 200 anos, o que fez com que fosse facilmente observado no céu
noturno, sendo visto por um grande número de pessoas em todo o mundo.
Uma surpreendente
observação científica foi a descoberta de emissão de raios X a partir do cometa,
pois foi a primeira vez que foi encontrada. Essa emissão é causada pelas
partículas ionizadas do vento solar que interagem com os átomos neutros do
cometa. A nave espacial Ulysses também cruzou inesperadamente a cauda do cometa
a uma distância de mais de 500 milhões de quilômetros do núcleo, mostrando que o
Hyakutake tinha a cauda mais longa até então conhecida para um cometa. O
Hyakutake é um cometa de período longo, antes desta sua passagem pelo Sistema
Solar, o seu período orbital era em torno de 15.000 anos, mas a influência
gravitacional dos planetas gigantes aumentou-o para cerca de 72.000 anos.